sexta-feira, 29 de março de 2013

Maria Madalena - Sirlene Santana


                A verdade é que eu queria estar lá, mesmo sabendo que não seria a mesma coisa, mas eu gostaria, por que eu tenho dentro de mim as lembranças de tudo aquilo e as expectativas que eu tinha para este ano. Eu tinha. E agora que faltam trinta minutos para lá iniciar o que a um ano era eu esperando, hoje tem outra em meu lugar, mas eu permiti, pois sabia que eu já não podia mais.
                Embora eu tenha tido algumas raivas, comuns de qualquer coisa que se faz por amor, ser ela, ser Maria Madalena de certa forma era uma parte que gritava em mim, ela amou Jesus e sabia o quão bom Ele era, e quem Ele era, e chorou, lágrimas estas que sabiam da injustiça que os homens cometiam, e sabendo disto, um ano atrás eu pude ter um pouco do ela sentiu, e sim, junto dela chorei aos pés da cruz.
                Maior alegria eu não poderia sentir ao ver Jesus ressuscitado, naquela encenação praticamente de madrugada, lá estava eu gritando “Raboni” e passando entre a multidão de fieis, dizendo a todos que ele havia ressuscitado. E por mais simples que tenha sido estes dois dias, foram tão importantes, por que eu pude embora não de forma perfeita, ser Maria Madalena, aquela que Jesus concedeu o perdão. 

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