A
verdade é que eu queria estar lá, mesmo sabendo que não seria a mesma coisa,
mas eu gostaria, por que eu tenho dentro de mim as lembranças de tudo aquilo e
as expectativas que eu tinha para este ano. Eu tinha. E agora que faltam trinta
minutos para lá iniciar o que a um ano era eu esperando, hoje tem outra em meu
lugar, mas eu permiti, pois sabia que eu já não podia mais.
Embora
eu tenha tido algumas raivas, comuns de qualquer coisa que se faz por amor, ser
ela, ser Maria Madalena de certa forma era uma parte que gritava em mim, ela
amou Jesus e sabia o quão bom Ele era, e quem Ele era, e chorou, lágrimas estas
que sabiam da injustiça que os homens cometiam, e sabendo disto, um ano atrás
eu pude ter um pouco do ela sentiu, e sim, junto dela chorei aos pés da cruz.
Maior
alegria eu não poderia sentir ao ver Jesus ressuscitado, naquela encenação
praticamente de madrugada, lá estava eu gritando “Raboni” e passando entre a multidão
de fieis, dizendo a todos que ele havia ressuscitado. E por mais simples que
tenha sido estes dois dias, foram tão importantes, por que eu pude embora não
de forma perfeita, ser Maria Madalena, aquela que Jesus concedeu o perdão.